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Timbu vence clássico marcado por nova polêmica com a PM

domingo, novembro 2


Novamente o Estádio dos Aflitos foi palco de tumulto neste Campeonato Brasileiro entre jogadores e a Polícia Militar de Pernambuco. Na partida em que o Náutico derrotou o Vitória por 1 a 0 - gol de Felipe - e deixou a zona de rebaixamento, a polêmica lembrou a do jogo do Timbu com o Botafogo, no primeiro turno, quando o zagueiro André Luiz saiu de campo preso.

Também desta vez, a tenente Lúcia Helena estava no comando da polícia pernambucana. O incidente deste sábado começou no intervalo. Segundo o técnico do Vitória, Vágner Mancini, policiais foram ao vestiário dar voz de prisão ao goleiro Viafara, que teria xingado o árbitro José Henrique de Carvalho após o fim do primeiro tempo. Na versão dos policiais, eles foram apenas pedir calma ao jogador rubro-negro, que estaria indignado pelo fato de o árbitro ter pedido para repetir a cobrança do pênalti que resultou no gol do jogo.

Ao fim da partida, enquanto o treinador do time baiano dava entrevistas no gramado, os atletas alegaram que os PMs tinham jogado
spray de pimenta no vestiário do Vitória. A polícia nega o fato e diz que foi um blefe da delegação rubro-negra, que credita a derrota ao tumulto que desestabilizou a equipe. O Presidente do Vitória, Alex Portela, vai pedir a interdição do estádio dos Aflitos nesta Segunda-feira.

Com o resultado, o Timbu soma 36 pontos, sobe para o 14º lugar e fica fora da faixa de risco. O time baiano, nono colocado, continua com 45 pontos, na zona da Copa Sul-Americana.

As duas equipes voltam a jogar no domingo, dia 9. Enquanto o Náutico visita o Coritiba, no Couto Pereira, o Vitória joga em casa contra o Atlético-MG, no Barradão.

Na pegada do Timbu

O estádio alvirrubro estava cheio, mostrando que o torcedor entendeu que o momento é de apoio ao time pelo momento complicado em que vive o Timbu. Quando a bola rolou, porém, o equilíbrio ficou claro, com muita movimentação, mas com poucas chances reais de gol. O time pernambucano até conseguiu emendar um contra-ataque com Felipe, aos 13, mas o goleiro Viafara saiu do gol e, como um líbero, conseguiu desarmar a jogada.

Hamilton e Marquinhos chegaram a se estranhar em uma disputa de bola e levaram os dois primeiros dos muitos cartões aplicados ao longo do jogo. Escapando dos lances mais violentos, o atacante Felipe aos poucos mandou no jogo. Teve chance de abrir o placar em uma falta aos 33.

Seis minutos depois, Willian foi derrubado infantilmente por Leonardo Silva dentro da área, e o árbitro apitou pênalti. Na primeira cobrança, Felipe fez a paradinha, e Viafara deu um passo a frente e defendeu. Apesar do protesto dos baianos, o assistente mandou voltar corretamente. Da segunda vez, o atacante alvirrubro acertou o ângulo, para delírio da torcida pernambucana. O lance revoltou os jogadores do Vitória, que cercaram o juiz, ocasionando a polêmica do intervalo.

Leão avança, mas não abocanha

A equipe visitante voltou revoltada com os acontecimentos no vestiário, e o técnico Mancini relatou ao árbitro. Dentro de campo, Ramon substituiu Marco Antônio, mas o Náutico quase ampliou aos sete minutos, com Adriano perdendo um gol incrível de frente para a meta, isolando a bola.

Aos poucos, o Vitória foi usando os espaços na área pernambucana, principalmente nas jogadas do meia Marquinhos. Aos 11, o principal jogador rubro-negro deu um chapéu em Anderson Santana e concluiu com muito perigo. O time baiano quase marcou aos 25, em cabeçada de Marcelo Cordeiro após falta cobrada por Ramon.

O jogo esquentou ainda mais aos 30, quando Hamilton, que já tinha amarelo, foi expulso após entrada dura em Marquinhos. Em vez de aproveitar a vantagem numérica, o Vitória acabou embarcando na onda. Aos 39, após forte discussão na área, mais dois foram expulsos: Marco Aurélio, do Leão, e Everaldo, do Timbu. Mas o time anfitrião conseguiu segurar o placar, com o apoio da torcida, que soprava centenas de apitos a cada ataque baiano.

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