O cenário era tido como perfeito para a arrancada: técnico novo, diretoria nova, festa nas arquibancadas e a “benção de João de Deus”. Dentro de campo, no entanto, tudo como antes. O Fluminense tropeçou mais uma vez em pleno Maracanã: 1 a 1 com o Náutico, neste domingo, pela 23ª rodada, e deu continuidade à sua via-crúcis rumo à Série B do Brasileirão. Do outro lado, alívio: o empate no Maracanã combinado com a derrota do Santo André por 2 a 1 para o Atlético-MG no estádio Bruno José Daniel tirou o Timbu da zona de rebaixamento. Com 25 pontos, está um acima do Z-4, deixando o posto com o time do ABC Paulista.
Desorganizado e ansioso, apesar da disposição, o Tricolor chegou a oitava partida sem vitória, permanece na última posição no campeonato, com 17 pontos, mas com os mesmos oito pontos de diferença para o primeiro clube fora da zona de perigo, agora o Timbu, com 24. No fim do jogo, a torcida gritou "time sem-vergonha".
Na próxima rodada, o Fluminense encara mais um adversário direto na luta contra a degola: o Botafogo, no Engenhão, domingo, às 18h30m (de Brasília). No mesmos dia e horário, o Náutico recebe o Grêmio, no estádio dos Aflitos, no Recife.
Flu se impõe e abre o placar
Sem espaços para criar, o Tricolor começou a apelar para os chutes de longa distância. Aos oito, a primeira finalização saiu dos pés de Diguinho, que isolou. O lance se repetiu aos 17 e aos 23, com Kieza e Conca. Na ânsia de vencer, o Flu passou a dar espaços na defesa, e o Timbu começou a colocar as mangas de fora.
Mas quando o Náutico pensou que ia equilibrar a partida, o Fluminense finalmente acertou o pé. Aos 27, Marquinho desarmou Acosta no meio-campo e tentou servir Kieza. A bola desviou na zaga e sobrou para Mariano, que, com muita consciência, rolou na medida para Conca. De perna direita, o argentino emendou de primeira, acertou o cantinho esquerdo de Gledson para abrir o placar.
A vantagem renovou o gás tricolor, que voltou a marcar forte no meio-campo e sequer dava brecha para sustos. Em contra-ataques velozes e jogadas de bola parada, a equipe ainda tentou ampliar o placar. Nada, porém, que tirasse o "uh" da garganta do torcedor. Na saída do intervalo, o capitão Paulo César elogiou a postura agressiva e a união dos jogadores.
- Entramos com o propósito de se ajudar em campo. Corremos bastante.
Timbu empata com gol relâmpago
O gol deu energia ao Náutico, que assustou aos dois, com Aílton, em bom chute de longe. A partir dos cinco, no entanto, o Flu retomou o domínio da partida e por pouco não fez o segundo. Kieza fez boa jogada e tocou para Diogo. O volante rolou com açúcar, mas Roni, que, incrivelmente, furou no bico da pequena área. Foi o último lance do atacante, que, muito vaiado, deu lugar a Alan.
Sete minutos depois, Conca cobrou falta na área e o zagueiro Márcio salvou o Timbu. Dono do meio-campo, o Fluminense seguiu pressionando, e, aos 15, Mariano serviu Kieza, que chutou com perigo. Em seguida, falta perigosa na entrada da área. Paulo César bateu rasteirinho e Gledson fez a defesa.
Na mesma moeda, o Timbu quase virou aos 24. De muito longe, Michel soltou uma bomba e obrigou Rafael e se esticar todo para impedir o gol. A proximidade do fim da partida fez com que Cuca arriscasse e mandasse Maicon para campo, colocando a equipe no 4-3-3. Tática desesperada e que não deu certo diante de um adversário todo atrás da linha da bola e que fez se repetir uma trilha sonora cada vez mais comum no Maracanã: as vaias.
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