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Brasil domina tudo, mas perde na hora do 'vamo ver'

sexta-feira, outubro 16


Após mandar no jogo praticamente inteiro e ter a chance da conquista do tetracampeonato mundial Sub-20 nos pênaltis, o Brasil desperdiçou a chance e o título ficou para Gana, que deu o troco aos canarinhos depois de perderem na prorrogação em 1993. O atacante Maicon terminou como vilão ao perder uma chance clara aos cinco minutos do primeiro tempo da prorrogação e mandar para fora a última penalidade, quando o placar anotava 3x2 para o time nacional.

O Brasil adotou a tática correta para os primeiros minutos. Adiantou sua marcação e encurralou os ganeses em seu campo de defesa. Em alguns momentos era até possível ver os zagueiros Dalton e Rafael Tolói posicionados no círculo central. Assim, a primeira oportunidade não tardou. Para provar essa pressão, basta usar a primeira investida brasileira como exemplo. Aos três minutos, Tolói cruzou da direita e Dalton cabeceou para fora.

Sem encontrar um brecha para invadir o campo brasileiro, restou a Gana tentar algo no lançamento longo e invariavelmente infrutífero. De seu lado, apesar de jogar mais tempo no campo de ataque, o Brasil falhou demais no último passe, aquele que deixa o atacante em condições de marcar. O time tocava a bola até as imediações da área mas os cruzamentos tomavam o rumo da linha de fundo em sua maioria.

Somente a partir dos 20 minutos, a seleção brasileira mostrou um pouco de desgaste - marcar no campo adversário sempre exige mais o aspecto físico. Mas com a bola nos pés, Gana não fez jus à tradição de correria do futebol africano. Os jogadores preferiam trocar passes mas sem força para criar situações de finalização. O jeito foi tentar de fora da área como fez Douglas aos 35. Agyei defendeu em dois tempos.

No minuto seguinte, num contra-ataque, Alex Teixeira sofre falta de Addo. O árbitro foi rigoroso e expulsou o ganês - a falta fora cometida na linha que divide o gramado. No restante da etapa, Alan Kardec ainda acertaria a rede pelo lado de fora aos 40 e Ayew chutaria em cima de Dalton um minuto depois.

Os dois times voltaram para o segundo tempo com o Brasil mais decidido a utilizar desvantagem númerica do adversário. Com isso, novamente pressionou Gana em seu campo de defesa e até melhorou no passe final. A primeira chance surgiu aos quatro minutos quando Giuliano cabeceou em cima de Badu. Na tentativa de afastar o perigo, os zagueiros de Gana quase jogam contra o próprio patrimônio.

O lado esquerdo tendo o lateral Diogo como ponto forte foi mais explorado e numa boa jogada dele, Alex Teixeira mandou de cabeça por cima. Alan Kerdec, que na primeira etapa acertara a rede por fora repetiu a dose aos 22 do segundo tempo quando Alex Teixeira encontrava-se em ótimas condições, fechando pelo meio. Alan Kardec voltou a protagonizar aquele conhecido "gol feito". Douglas Costa cruzou e ele apareceu sozinho para mandar de cabeça por cima.

A essa altura a partida já estava configurada como um jogo ataque (Brasil) contra defesa (Gana). Para se ter uma ideia, o goleiro brasileiro Rafael veio fazer sua primeira defesa aos 28 minutos num chute de fora da área dado por Badu. A última aposta do técnico Rogério Lourenço foi a entrada de Maicon, o herói das quartas-de-final contra a Alemanha.

Mas ele pouco participou. Nos últimos cinco minutos, o time entrou na fase da ansiedade como era de se esperar e passou a errar mais do que o aceitável, além do abuso de lançamentos longos e cruzamentos fáceis para defesa do goleiro Agyei. No último minuto, Ayew deu uma entrada criminosa em Rafael Tolói, que voltou para a porrogação no sacrifício.

PRORROGAÇÃO - A prorrogação começou do mesmo jeito que a maioria do tempo regulamentar. E, aos cinco minutos, o Brasil teve a chance mais clara de toda partida. Alex Teixeira cruzou rasteiro, a bola passou por Alan Kardec e encontrou Maicon, completamente livre. Ele chutou para Agyei fazer um milagre.

Na segunda parte do tempo extra, os jogadores dos dois times já davam demonstrações claras de desgaste. Tanto que os dois times erraram bem mais que acertaram. Os goleiros limitaram-se a tirar de soco os cruzamentos em suas respectivas áreas. Douglas Costa ainda assustou dez minutos. Mas o placar ficou mudo do mesmo jeito e a decisão foi para os pênaltis.

Nos pênaltis, cada time perdeu duas penalidades, sendo que o título esteve nas mãos dos brasileiros. Porém, Maicon foi para a cobrança e mandou por cima. Na segunda série, Alex Teixeira mandou e Agyei defendeu. Badu converteu e a conquista ficou para os africanos.


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