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Cruzeiro ganha do Santos na vila e vai pra Libertadores

domingo, dezembro 6




Kléber Gladiador é um jogador predestinado. Idolatrado pelos cruzeirenses, ele deverá ganhar status de herói após este domingo. Voltando após cirurgia no púbis, ele entrou aos 28 minutos do segundo tempo do jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. O jogo estava empatado em 1 a 1. O Cruzeiro tinha um jogador a menos, pois Jonathan havia sido expulso. Em seu primeiro lance, aos 30, o Gladiador marcou o gol que garantiu a vitória, por 2 a 1, e a classificação da Raposa à Taça Libertadores. Sim. Atual vice-campeão da América, o time mineiro vai tentar subir mais um degrau em 2010 graças também à derrota do Palmeiras para o Botafogo, no Rio.

O Cruzeiro vai a 62 pontos, assim como o Verdão, mas assume o quarto lugar porque tem mais vitórias (18 a 17). Já o Santos, que entrou em campo para cumprir tabela, termina o Brasileirão em 11º lugar.

Enquanto o primeiro tempo era disputado, do lado de fora, facções organizadas de Santos e Cruzeiro protagonizavam cenas lamentáveis de selvageria. Os santistas aguardaram a chegada dos cruzeirenses e a briga estourou na entrada do estádio. Foi uma vingança. Em Belo Horizonte, no primeiro turno, também houve confronto.

A Polícia Militar teve de usar bombas de efeito moral e balas de borracha para conter os vândalos. Veículos foram danificados, mas ninguém ficou ferido com seriedade.

Cruzeiro mais ligado
Desde o início da partida, ficou nítido que apenas um time tinha interesse no jogo. O Cruzeiro, que entrou em campo sonhando com uma vaga na Taça Libertadores, marcava implacavelmente no meio de campo. Paulo Henrique Ganso, principal articulador de jogadas do Santos, não conseguia dominar a bola. Rodrigo Souto, que poderia ser alternativa para saídas rápidas, ficou sumido no primeiro tempo.

Mais disposto, roubando bolas e partindo em velocidade, o Cruzeiro abriu o placar logo aos 4 minutos. Em bola invertida da esquerda para a direita, Jonathan recebeu, invadiu a área e cruzou para trás. Wellington Paulista pegou de primeira, de pé direito, e acertou o ângulo esquerdo de Felipe.

A Raposa era melhor. Dominava a bola no espaço existente entre os volantes e os zagueiros santistas e voltou a criar chances, principalmente em chutes de Wellington Paulista.

Aos poucos, o Santos foi equilibrando a partida. Quer dizer, passou a dominar a posse de bola e não foi mais ameaçado. No entanto, não conseguia concluir jogadas. A não ser por uma tentativa de bicicleta de Kléber Pereira, o Alvinegro não ameaçou efetivamente o gol de Fábio. Kléber Pereira, aliás, anunciou no intervalo da partida que está fora do Peixe. Aliás, nem voltou do vestiário. Alegando dores musculares, foi substituído por André.

Deixa com o Gladiador
O segundo tempo começou com o Santos todo posicionado dentro do campo do Cruzeiro, numa pressão bastante intensa. Para piorar as coisas para o time mineiro, o lateral-direito Jonathan foi expulso aos 15 minutos, após fazer falta em Madson.

A pressão ficou ainda mais intensa, por todos os lados. A zaga cruzeirense se virava como podia. Enquanto isso, o técnico Adílson Batista trancava o seu time, tirando Wellington Paulista e colocando o zagueiro Thiago Heleno. Foi quando o Botafogo marcou o seu primeiro gol sobre o Palmeiras. A essa altura, o Cruzeiro estava na Libertadores.

Mas a alegria mineira durou pouco. Aos 25, Neymar aproveitou cruzamento da esquerda e tornou o placar um pouco mais justo, já que o Cruzeiro não passava do meio de campo.

Foi quando Adílson deu sua cartada decisiva. Tirou o ala Diego Renan para colocar Kléber Gladiador, aos 28 minutos. O atacante, que está voltando após cirurgia no púbis, recebeu cruzamento da direita, em seu primeiro lance, dominou e chutou firme de pé direito, colocando a Raposa de novo no G-4. No Engenhão, o Bota vencia o Verdão por 2 a 0. A tensão entre os cruzeirenses era enorme.

O Santos seguia dominando a posse de bola, mas perdeu força. O Cruzeiro, trancado, era intransponível. A zaga azul afastada tudo, chutando para onde o nariz apontava. No fim, explosão de alegria mineira na Vila Belmiro.

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