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Brasil perde para os Estados Unidos e dá adeus ao sonho do octacampeonato

sábado, julho 26

Em pleno Maracanãzinho, seleção brasileira sucumbe e fica fora da decisão da Liga Mundial pela primeira vez na 'Era Bernardinho'

Nem mesmo o apoio da torcida carioca impediu a derrota da quase imbatível seleção brasileira masculina de vôlei. Neste sábado, em pleno Maracanãzinho, os atuais campeões olímpicos foram surpreendidos pelos Estados Unidos e perderam por 3 sets a 0 (25/23, 25/22 e 27/25), dando adeus ao sonho do octacampeonato da Liga Mundial. Foi a primeira vez, com Bernardinho no comando, que o time ficou fora da decisão. Até então, eram sete finais consecutivas e seis títulos conquistados. Só tinha perdido em 2002, também no Brasil, em uma final contra a Rússia, no Mineirinho.

A seleção volta à quadra neste domingo, às 9h30m (de Brasília), para disputar o bronze contra o perdedor de Sérvia x Rússia.

- Temos que tirar uma lição. Juntar os cacos e começar de novo - diz o líbero Serginho.


Americanos 'percebem' a arma brasileira: o bloqueio



Diferentemente da partida contra o Japão, Bernardinho optou por deixar Rodrigão, que se recupera de uma lesão no joelho, no banco. André Heller foi o titular. Já nos primeiros pontos, os americanos demonstraram conhecer bem o jogo brasileiro, mas o mesmo parecia se dar do outro lado da rede. Prova disso foi que, dos sete primeiros pontos do Brasil, quatro foram de bloqueio, fundamento que não tinha funcionado direito na véspera. O primeiro deles foi marcado por Gustavo, sobre o americano Stanley.


Os Estados Unidos chegaram a empatar em 4 a 4, em 7 a 7 e em 8 a 8, e passaram à frente pela primeira vez em 9 a 8 após uma invasão de André Nascimento. Era o que eles precisavam para crescer na partida. Numa bola de "cheque", após um bom saque de Giba, o mesmo André Nascimento recolocou o Brasil à frente: 13 a 12. Giba não se conteve, e viu a torcida responder, gritando seu nome sem parar.


Todo cuidado era pouco diante dos rivais. O levantador Ball passou a distribuir bem o jogo, dificultando o bloqueio verde e amarelo. Embora se destacasse nos passes - e abrisse dois pontos (17 a 15 e 18 a 16) –, o Brasil continuava errando muito nos saques, e os americanos passaram à frente (19 a 18). Foi quando Bernardinho parou o jogo. Salmon, jogador que até então não preocupava no ataque, teve liberdade para fazer o 22º ponto. O Brasil empatou, e Bernardinho colocou Anderson e Bruninho em quadra, tirando Marcelinho e André Nascimento. Salmon pontuou mais uma vez, explorando o bloqueio. Gustavo, numa bola para fora, deu o set point aos rivais. Os brasileiros pediram toque no bloqueio, mas nada adiantou. O juiz chegou a exigir que o capitão Giba acalmasse Serginho. Do contrário, o líbero ganharia cartão. A polêmica desconcentrou a seleção. O saque americano para fora deu uma chance a mais ao Brasil, mas Priddy fechou em 25 a 23.

Jogadas brasileiras ficam previsíveis


Na volta à quadra, Dante, com um ace, fez a torcida se levantar. Giba acertou a mão em cima de Lambourne e abraçou o levantador Marcelinho, pedindo mais bolas. Na seqüência, porém, foi bloqueado por Stanley. As jogadas brasileiras ficaram previsíveis, e os americanos tiraram proveito disso. Eles abriram quatro pontos de vantagem - 11 a 7 - numa controversa bola para fora. A tensão era grande, dentro e fora da quadra. Na arquibancada, pela primeira vez, o silêncio predominou. Mas, felizmente, só durou pouco tempo. Antes de Gustavo sacar, Giba foi até ele e deu a ordem: “acerta essa”. Dito e feito. Saque de Gustavo e ponto de Giba, que pediu vibração à torcida.

Samuel entrou em quadra e pontuou em sua primeira bola, fazendo a vantagem diminuir para dois pontos (14 a 12). Mas os Estados Unidos não diminuíam o ritmo. Ball abusava das bolas rápidas para Salmon, e assim o time fez 16 a 13. Foi quando Bernardinho mandou Rodrigão ao aquecimento, para o lugar de Gustavo.

Bruninho entrou no lugar de Marcelinho e tentou, a cada ponto, pôr vibração no time. Com uma pancada no saque, fez o 19º da seleção, quando os americanos já estavam em 22. Lee, porém, marcou para os EUA, e Dante devolveu numa bola de meio. Giba foi para o saque e manteve o Brasil vivo. A torcida gritava: “Vamos virar”. Era tarde. Numa bola de Lee, set para os Estados Unidos.

Bruninho mostra personalidade, mas Brasil desperdiça dois set points

Bruninho começou em quadra no terceiro e decisivo set. E mostrou personalidade, ousando bastante nas bolas. O Brasil saiu na frente - 8 a 7 – no primeiro tempo técnico, quando a bola voltou para a quadra brasileira, e Rodrigão viu Bruninho livre e “levantou” para ele. Logo depois, a seleção abriu três pontos – 12 a 9. Bernardinho colocou Anderson no lugar de Samuel. Stanley marcou três pontos seguidos, aumentando para quatro a diferença: 18 a 14. No tempo técnico, o treinador brasileiro não deixou nem Serginho se sentar.

Rodrigão, veloz e agressivo pelo meio, e Dante, de saque, fizeram o Brasil encostar: 19 a 18. O jogo seguiu lá e cá, mas Bruninho forçou o saque, jogou para fora, e os americanos abriram 22 a 20. A seleção empatou em 22 a 22 com um bloqueio de André Heller e, com Giba, em 23 a 23. Priddy atacou para fora, e o Brasil chegou ao set point. André Heller sacou, e Stanley salvou. O mesmo foi para o saque e jogou na rede. Anderson errou também. Dante, numa bola para fora, cedeu o match point aos rivais. Anderson mais uma vez falhou, numa hora em que não o erro não era mais permitido. Vitória americana, Maracanãzinho calado.

Fonte:globoesporte.com

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